terça-feira, 18 de março de 2025

As burras de carga




Por definição o “burro de carga” é aquele que só serve para trabalhar, e faz o seu trabalho e o trabalho dos outros.


As mulheres em Portugal trabalham as mesmas horas que os homens e obtêm a reforma na mesma idade.


Com a entrada de novas trabalhadoras no mercado de trabalho originárias de outras culturas, temos contacto com outras realidades. 


Em Portugal, as mulheres trabalham 40 horas por semana e têm reformas aos 66 anos e 9 meses. 

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Nos últimos anos  entraram em Portugal, um milhão de trabalhadores originários do Brasil.  No Brasil, as mulheres trabalham em média 36,9 horas por semana. Quanto à idade da aposentação, desde  2019 foi  estabelecido que a idade mínima para aposentação  das mulheres é 62 anos, enquanto para os homens é 65 anos.


Segundo dados da Eurostat, em 2022, o número médio de horas de trabalho semanais reais na EU, incluindo trabalhadores em full-time e part-time, com idade entre 20 e 64 anos, variou entre as 32,4 horas nos Países Baixos e as 39,7 horas na Grécia e na Roménia. Portugal contabilizou uma média de 37,9 horas de trabalho por semana, ficando acima de países como Espanha (36,5), França (36,2) e Itália (36,2).


Após 8 horas de trabalho remunerado, as mulheres têm  mais horas de trabalho não remunerado, o trabalho de casa, de organização das refeições da família, das compras, e zelar pelos filhos. Assim, as mulheres portuguesas são muito resilientes, produtivas e mal pagas para o trabalho que fazem.


Em Portugal existem 1 milhão de mulheres que não recebem uma pensão condigna, porque durante a vida fizeram o trabalho não remunerado de zelar e cuidar dos seus filhos e netos, são as idosas que fizeram este país. Estas mulheres não tinham máquina de lavar a roupa, máquina de lavar a louça, aspirador ou fogão elétrico.  


Na Holanda as mães trabalham 6 horas diárias, uma igualdade de género e discrimação positiva do papel da mulher e mãe. Assim, quanto mais rico é o país, mais salvaguardados são os direitos das mulheres.

 A forma como uma sociedade trata suas mulheres e crianças reflete diretamente os seus valores, a sua ética e seu nível de progresso. Quando essas partes da população são respeitadas, protegidas e têm oportunidades, geralmente é sinal de uma sociedade mais justa e equilibrada. 




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