segunda-feira, 28 de julho de 2025

Trabalho Precário: A Nova Bandeira da Esquerda?


A realidade

Em maio de 2025, havia aproximadamente 348.900 pessoas desempregadas.

A taxa de desemprego situava-se em 6,3%.

A taxa de desemprego jovem (16 a 24 anos) era significativamente mais alta: 21,6%.

Cerca de 36,9% dos desempregados são de longa duração, ou seja, estão sem trabalho há mais de um ano.


O que dizem por aí:


Alguns dos mais ilustres políticos de Esquerda não se cansam de afirmar que precisamos de mais imigração. 


A minha pergunta:


  • Será que precisamos?



Eu acho que não porque temos quase 400 000 desempregados que querem trabalhar mas não é com salário mínimo.


O Partido Socialista, o Partido Comunista,  Bloco de Esquerda e o Livre querem promover as grandes fortunas à  custa do trabalho precário e sem direitos dos imigrantes?



Caso Prático: 

Um trabalhador com experiência não aceita o salário mínimo.

Um imigrante aceita qualquer coisa e ainda aceita trabalhar sem ter os impostos em dia, e segurança social .


Os partidos da esquerda estão a promover o trabalho precário em Portugal 


O Governo necessita de tempo para regularizar todos os que cá estão, não precisamos de mais, enquanto a casa não estiver arrumada,

O Governo precisa de tempo.



  • Será que precisamos?

A resposta depende de como equilibramos justiça social, necessidades económicas e dignidade laboral.

Talvez o foco não deva ser “mais ou menos imigração”, mas sim:

  • Imigração regulada e justa

  • Emprego digno para todos

  • Combate à precariedade, independentemente da nacionalidade



Elisa Manero 



domingo, 27 de julho de 2025

Pacheco Pereira no Principio da Incerteza: Como é que a Matemática contribui para a Educação Sexual? A minha resposta.

 

Hoje estava a ouvir o Principio da Incerteza e ouço o Comentador Pacheco Pereira questionar :

Como é que a Matemática contribui para a Educação Sexual?


A minha resposta.

1. Interpretação de Dados e Estatísticas

  • Taxas de gravidez na adolescência: Analisar dados por faixa etária, região ou nível socioeconômico. 

  • Prevalência de DSTs (Doenças  Sexualmente Transmissíveis): Compreender gráficos e tendências ajuda a perceber riscos reais.

  • Eficácia de métodos contraceptivos: Por exemplo, saber que um preservativo tem 98% de eficácia com uso correto pode ser mais impactante quando comparado com outros métodos.

2. Probabilidades e Riscos

  • Probabilidade de gravidez: Entender que mesmo métodos contraceptivos têm margens de falha.

  • Risco de transmissão de DSTs: Ajudar os alunos a perceber que múltiplos parceiros aumentam exponencialmente o risco.

  • Tomada de decisões informadas: Saber calcular riscos pode levar a escolhas mais conscientes.

3. Planeamento Familiar e Financeiro

  • Custo de criar um filho: Usar matemática para estimar despesas mensais e anuais.

  • Planeamento de vida: Projetar cenários futuros com ou sem filhos, com base em rendimentos e objetivos pessoais.

4. Pensamento Crítico e Lógica

  • Desconstrução de mitos: Usar raciocínio lógico para desmontar ideias erradas (como “não se engravida na primeira vez”).

  • Avaliação de fontes: Ensinar a distinguir dados confiáveis de desinformação.

5. Inclusão em Projetos Interdisciplinares

  • Criar projetos que envolvam matemática e educação sexual, como:

    • Simulações de orçamentos familiares.

    • Análise de campanhas de saúde pública.

    • Estudos estatísticos sobre comportamentos sexuais em diferentes culturas.


Fontes que podem ser usadas:
INE e Pordata. 




sexta-feira, 18 de julho de 2025

A Desumanização do SNS para com as Mães In Observador


Existe uma desumanização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no tratamento das mães.

Em 2005, soube que estava grávida. Tinha iniciado as consultas no Porto, mas acabei por

ser transferida para Lisboa. As médicas que me acompanharam foram maravilhosas —

tanto a médica do Centro de Saúde como a obstetra do Hospital D. Estefânia. Senti-me

acompanhada e respeitada durante essa fase inicial.

Durante a gravidez do meu primeiro filho, perguntei:

— Quando é que nasce?

Informaram-me que a natureza tem o seu tempo, e que o bebé poderia nascer entre as 38 e

as 42 semanas.

A partir das 38 semanas, a instrução foi clara: andar muito. Eu vivia num terceiro andar sem

elevador, por isso subia mais de 100 degraus por dia. Estávamos em abril, o tempo estava

bom, e aproveitei para passear por Lisboa. Lembro-me de subir as muralhas do Castelo de

S. Jorge três vezes. No dia 25 de abril, voltei a subir o castelo e nada. O bebé continuava

tranquilo.

No dia 30 de abril, completava 41 semanas. Comecei a sentir alterações e dores, por isso

fui à urgência durante a tarde. Mandaram-me para casa.

No dia 7 de maio completaria 42 semanas. Então, no dia 5, esperei o meu marido chegar do

trabalho e, passadas algumas horas, voltei à urgência. Quando cheguei, fizeram-me três

perguntas:

— Quando está previsto?

— O que sente?

— E a seguir, vá para casa.

À medida que me faziam estas perguntas, o meu corpo e a minha mente reagiram. Foi

como uma transformação química, física e psicológica. Passei de um estado sensível para

um estado de combate.

Respondi com firmeza:

— Não saio daqui. Pode chamar a polícia.

Encolheram os ombros… e lá me internaram.

Induziram o parto, mas o meu filho acabou por nascer por cesariana, com 41 semanas e 6

dias.

O maior medo de uma grávida é morrer no parto ou perder o seu bebé. A partir do momento

em que uma mulher está prestes a dar à luz, carrega medos profundos e, infelizmente,

depara-se muitas vezes com uma postura fria e desumanizada por parte dos profissionais

de saúde. Isso não acontece apenas com um ou outro. A falta de empatia parece estar


presente em toda a hierarquia. Todos querem dar ordens às parturientes e muitas vezes,

ordens que se contradizem entre si.

Depois do nascimento, quando a mãe regressa a casa, parece que todos à volta acham que

a vida volta ao normal. Mas isso não é verdade. A mulher que acaba de dar à luz é invadida

por conselhos, sugestões e imposições. Todos acham que sabem o que é melhor. O

segredo está em filtrar essa informação e contar com uma amiga ou familiar de confiança,

que possa ajudar e apoiar com empatia.

A partir daquele dia, decidi quais seriam as minhas prioridades: os filhos, o marido e o

trabalho.

Em conclusão: Num País com baixa taxa de natalidade não estão reunidas as condições de

segurança para grávidas. Ninguém se admire se as mulheres não queiram ter filhos.

Quando tudo corre bem, temos um excelente Administrador Hospitalar, quando as coisas

correm mal, a culpa é do Ministro da Saúde.



terça-feira, 8 de julho de 2025

Recomeço(s)…. in Observador

 A Maria viveu mais de 15 anos em comum, tinha um filho. A casa era dela, paga com o ordenado dela, a escola do filho era paga pelos avós. O companheiro trabalhava, mas o dinheiro era dele. A Maria não se deu conta que sustentava a casa e o filho. Quando ele foi embora, ela começou a pensar nela. Mudou de hábitos de vida, de consumo e começou uma nova vida. Está feliz, não tem outro relacionamento, ela soube olhar por ela. 


A Ana namorou 10 anos, casou, teve um filho, tinha um apartamento doado por familiares, a sua vida era perfeita. Um dia a Ana percebeu que o marido a enganava. 

Uma amiga disse:

  • Manda-o embora.


Passaram alguns meses, voltaram, pois tinham um filho, mas antes existiu uma conversa. A Ana mudou e  passou a valorizar a sua pessoa, o foco deixou de ser o marido.

O foco passou a ser ela e o filho. Passaram 15 anos, continuam juntos.


A Cristina, casou, já tinha casa, nasceram dois filhos, ambos tinham trabalho e tudo parecia bem.

Um dia, a Cristina percebeu que a sua poupança não existia, o marido tinha sido despedido por ter problemas com a bebida e o mau ambiente em casa era uma constante.

A Cristina convidou o marido a sair de casa.

Mais uma vez, a  Cristina conseguiu dar a volta, pensou em si e nos seus filhos. 


A Joaquina casou, teve três filhos e viveu em mais de três países da Europa, aparentemente tudo parecia correr bem. O marido começou a interferir na vida da sua filha já adulta, existiam diferenças culturais. A Joaquina teve de apresentar queixa na polícia por violência doméstica. Já passaram uns anos e a Joaquina conseguiu equilibrar a sua vida e a dos filhos. 


A Isabel casou e criou três filhos, deixou de trabalhar porque segundo o marido ficava mais económico ela cuidar dos filhos em casa do que trabalhar. Mas a Isabel estudou, fez uma Licenciatura. Apesar da Isabel trabalhar em casa, para tratar dos filhos, não tinha dinheiro nem para tomar um café. Ela decidiu procurar trabalho, estudou e conseguiu-o, já tinha feito o seu trabalho de mãe e  decidiu cuidar dela e procurar a sua independência financeira. 


A Maria, a Ana, a Cristina,  a Joaquina e a Isabel  tinham habilitações e licenciaturas, casaram novas e dedicaram a sua vida ao marido e aos filhos.


Para conseguirem ultrapassar as suas mágoas e feridas, precisaram de tempo, de desabafar, de chorar e de um ombro amigo que lhes ia apresentando soluções. 


Muitas vezes alguém lhes perguntou:

Que tipo de exemplo queres ser?


A certeza de todas elas, foi:  Eu mereço melhor vida, e perceberam que não precisam de alguém que não as valorize, para serem felizes e bem sucedidas. 



As histórias dessas mulheres tiveram um fim feliz.

Todas trabalham, não trocaram a sua independência financeira. Tinham bons exemplos familiares e  souberam construir uma rede, que as ajudou a levantar e continuar o seu caminho. Estas mulheres escaparam da violência doméstica, porque perceberam que o vínculo com os filhos, era o vínculo mais importante das suas vidas.

Estas mulheres existem e deram a volta por cima. Estas mulheres são as minhas heroínas. 

Concluindo: As histórias destas mulheres são realmente inspiradoras, mostram como a força interior, a independência financeira e uma rede de apoio podem transformar vidas profundamente. 




https://observador.pt/opiniao/recomecos/


terça-feira, 1 de julho de 2025

História, Liberdade e um Passaporte Valioso in Observador

 


O que é que Portugal tem, que os outros países não têm? Porque é que Portugal tem sido um país muito cobiçado por milhares de pessoas ? A resposta será dada neste texto.

Os Portugueses de alma inconformada e com curiosidade, sempre foi povo empreendedor, segundo a nossa História. 

Nunca foi um povo com tendência à violência por isso deixou a sua marca em muitos países do mundo, é um país de empreendedores, inventores  e de comerciantes que faziam troca comerciais em todo o mundo, desde pelo menos o século XV. 


Que era dantes o mar? Um quarto escuro

Onde os meninos tinham medo de ir.

Agora o mar é livre e é seguro

E foi um português que o foi abrir.

“ O segredo do Mar” de Afonso Lopes Vieira 


Na minha opinião este poema, é o retrato da alma e génese portuguesa, o inconformismo e a capacidade de fazer e resolver problemas. E também da capacidade de se meter em problemas. 


Os Portugueses têm a fama de capacidade de diálogo, por isso muitos Políticos Portugueses ascendem a cargos internacionais, os Portugueses são um povo considerado em todo o Mundo. 


Essa fama foi confirmada pela Revolução do 25 de Abril em 1974, uma revolução pacífica, sem sangue, sem mortos e sem um rasto de violência. Quem nega a Revolução do 25 de Abril, nega a génese e a alma portuguesa. 


Os Portugueses também foram muito importantes nas descobertas científicas, no âmbito das  invenções e avanços técnicos, a saber: Inventaram a caravela, o astrolábio náutico, o nónio, e foram os primeiros a elaborar os mapas  das novas terras que pisavam.


Assim, mais de 800 anos de história, permitem aos portugueses ter um documento, no qual podem entrar em 191 países. o Passaporte Português. 

Com a moda das viagens, dos nómadas digitais ou pela opção de vida “ cidadãos do mundo”, Portugal passou a ser muito cobiçado, não pela comida, não pelo clima mas por um documento que permite liberdade de viagem.


A 11 de janeiro de 2024, os cidadãos portugueses tinham acesso sem visto ou visto  à chegada a 191 países  e territórios, classificando o passaporte português  em 4º lugar em termos de liberdade de viagem (empatado com os passaportes da Bélgica, Luxemburgo, Noruega e Reino Unido) de acordo com o Henley Passport Index.


Assim, a obtenção da cidadania portuguesa passou a ser muito cobiçada em todo o mundo. 

As recentes alterações de obtenção da cidadania portuguesa, são na minha ótica positivas, porque o nosso país poderá organizar uma sociedade que possa acolher quem pisa em território português, sem prejuízo para quem cá está a residir, trabalhar e estudar. 




sábado, 28 de junho de 2025

Lei da nacionalidade: Passado, Presente e Futuro

 Lei da nacionalidade: Passado, Presente e Futuro 

Em 2017 o Governo do Partido socialista fez aprovar, o Decreto-Lei n.º 71/2017, de 21 de junho.

As principais alterações à Lei da Nacionalidade Portuguesa em 2017 foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 71/2017, de 21 de junho, que regulamentou mudanças aprovadas anteriormente pelas Leis Orgânicas n.º 8/2015 e n.º 9/2015. Aqui estão os pontos mais relevantes:

1. Facilitação da nacionalidade para netos de portugueses

A nacionalidade portuguesa passou a ser atribuída originariamente (ou seja, como se fosse de nascimento) a netos de portugueses nascidos no estrangeiro, desde que: Declarem que querem ser portugueses; Tenham laços de efetiva ligação à comunidade nacional (como residência em Portugal, domínio da língua portuguesa, entre outros critérios).

2. Laços de ligação à comunidade nacional

O decreto-lei definiu com mais clareza o que constitui “laços de efetiva ligação à comunidade nacional”, tornando o processo mais previsível e transparente para os requerentes. Por exemplo: Residência legal em Portugal; Escolaridade em Portugal; Participação em atividades culturais ou sociais no país.

3. Segurança nacional

Foi introduzida a possibilidade de recusar a nacionalidade a pessoas que representem uma ameaça à segurança ou defesa nacional, ou que estejam envolvidas em atividades terroristas.

4. Simplificação de procedimentos

A Conservatória dos Registos Centrais passou a ter mais autonomia para decidir sobre os pedidos, sem necessidade de remeter todos os casos ao Ministério da Justiça, o que visava acelerar os processos.

Se por um lado estas alterações refletem uma tentativa de equilibrar a abertura da nacionalidade portuguesa com critérios de integração e segurança, por outro o Governo do Partido Socialista não pensou, não soube resolver o problemas de integração dos que cá estavam a residir estudar ou trabalhar com a combinação da avalanche de pedidos de residência que entraram entre 2017 e 2025. 


Um Governo cheio de pessoas de alto gabarito, com doutoramentos, todos vindos da academia, mas não souberam prever o caos que aí vinha a saber:


  • Aumento exponencial de pedidos de residência;

  • Aumento na procura de serviços de educação e de saúde;

  • Não promoveu políticas propícias para o aumento do número de habitações.

  • Aumento exponencial do trânsito nas maiores cidades. 


Esta inoperância, foi uma oportunidade para alguns partidos se implantarem na Sociedade Portuguesa.


Agora o Partido Chega, diz:

  •  “ Fomos os primeiros a falar do assunto”.


Não, não foram.


Em 2019, o partido Chega não apresentou propostas específicas e detalhadas sobre habitação no seu programa eleitoral. O foco do partido estava mais centrado em temas como: Identidade nacional e imigração; Segurança e justiça; Redução do papel do Estado em áreas como saúde e educação; Apoio à natalidade e à família tradicional.

A nova lei da nacionalidade aparece como uma medida de remediação de um problema, a falta de habitação digna. 

Este Governo terá que priorizar o problema da habitação: 

Existem muitas casas fechadas por problemas na divisão de heranças, a justiça não responde de forma célere aos problemas dos cidadãos.

Existem milhares de casas em ruínas e os municípios não têm políticas de reversão desta questão.

Nas grandes cidades alguns municípios permitiram a conversão da habitação em Hotéis, sem aumentar o número de casas em projeto.

O excesso de burocracia, e de leis contraditórias para a construção de novas habitações. 

E por fim, os milhares de imóveis do estado abandonados que poderiam ser convertidos em habitação pública. 

Em conclusão : daqui a 10 anos, estaremos  a rever novamente a lei da nacionalidade. 

domingo, 25 de maio de 2025

A quem interessa a greve às Provas Moda?


Estão a decorrer as Provas Moda. 

Uma Prova é uma forma de medir, na minha ótica vai medir uma década de facilitismo na Escola, esta Prova apesar dos defeitos todos, esta a medir uma década de maus hábitos.

A quem  interessa uma greve:

1) Aos Encarregados de Educação, porque não se vão confrontar com a situação real das aprendizagem dos seus educandos, está tudo bem. 

2) Aos Diretores, está tudo bem, a indisciplina não afeta os conhecimentos, continua tudo bem. E não tem dados para comunicar ao Ministério da Educação. 

3) E no fim ao Ministério, se não se aplicar as Provas a Culpa é dos Professores não é da Internet, não é das condições. pode informar, porque não tem dados que conveniente……..

4) Aos Sindicatos, estão a justificar a sua existência, mas ainda existem escolas que não trataram do recuperação do tempo de serviço. 

Elisa Manero 

terça-feira, 20 de maio de 2025

Noticia fora do Contexto: "O número de trabalhadores aumentou 1,3% no primeiro trimestre face ao período homólogo do ano passado sobretudo à boleia do aumento das contratações nas autarquias, de professores e enfermeiros."

 https://eco.sapo.pt/2025/05/16/estado-emprega-760-mil-funcionarios-publicos-um-novo-maximo-historico/


O número de trabalhadores aumentou 1,3% no primeiro trimestre face ao período homólogo do ano passado sobretudo à boleia do aumento das contratações nas autarquias, de professores e enfermeiros.


O meu comentário com dados:

No ano letivo 2021/2022 existiam no ensino público 1249926 alunos.
No ano letivo 2022/2023 existiam no ensino público 1264216 alunos
No ano letivo 2023/2024 existiam no ensino público 1269670 alunos 

Assim, em dois anos letivos mais 20 000 alunos entraram para  a Escola sendo necessário contratar mais de 800 novos professores.

A ironia: Os jornalistas poderiam estar mais informados para escreverem  noticias contextualizadas.

Elisa Manero 





segunda-feira, 19 de maio de 2025

As eleições: Os moderados, os radicais e os outros



Esta campanha foi marcada por vários acontecimentos, que têm consequências eleitorais a saber:


  • Em 50 anos, o estado social melhorou muito, a saber, educação até ao 12º ano para todos.

  • Se os jovens têm direito a manuais , a computadores, a alimentação e abono de família para os agregados mais desfavorecidos, os cidadãos também podem exigir que os jovens estudem, o retorno e a solidariedade, um conceito de justiça social. Acrescento que em  minha casa os jovens estudam, se não obtiverem resultados vão trabalhar aos 18 anos.

  • Existem em Portugal 52 000 ciganos, segundo o Conselho da Europa, mas existem 178 000 cidadãos que têm o rendimento social de inserção, por isso todos devem trabalhar.

  • Existem milhares de cidadãos na economia paralela, porque existe uma incoerência entre o seu modo de vida e os seus rendimentos oficiais.

  • Um político por motivos de saúde recorreu ao SNS, a  vários serviços de saúde, ficamos a saber que afinal a saúde não está tão mal como dizem;

  • Entraram nos últimos anos mais de 2 milhões de pessoas em Portugal, mesmo assim na sua maioria tem acesso a serviços de saúde, mas na comunicação social só se diz que nem todos têm médico,  claro esquecem o pormenor da duplicação do número de imigrantes em 6 anos.

  • A Imigração foi um tema discutido, precisamos dos imigrantes legalizados, por isso nem o Chega nem o Partido Socialista têm razão, será que os jovens portugueses querem ir trabalhar para a agricultura para as obras ou hotelaria?

  • Se as greves podem colidir com os direitos dos clientes que usufruem dois serviços, também podem ter efeito transformador benéfico para todos os trabalhares, mais tarde.


Em conclusão, temos direitos e deveres na sociedade. Aparentemente estamos preocupados com os direitos, os deveres …..isso fica para depois. 


Elisa Manero 



terça-feira, 13 de maio de 2025

A reviravolta eleitoral



Todos os dias assistimos a sondagens, abrem telejornais, são capas de revista e jornais e ocupam horas de debate e discussão no horário nobre da televisão.  Cada décima conta, mas basta um acontecimento para se alterar um  panorama que parecia certo.


Será que as sondagens são fiáveis?


Existem eleições em que os resultados foram inesperados.


Nas eleições legislativas de 2022, algumas sondagens indicavam um empate técnico entre o PS e o PSD, mas o PS obteve uma vantagem de 13,7 pontos percentuais sobre o PSD, surpreendendo as previsões, neste ato eleitoral votaram mais 250 mil eleitores do que na eleição anterior. 


Em 2022, o PS subiu de 1.908.036  para 2.301.887 votos, obteve mais 400 mil votos  do que na eleição anterior.  O PSD obteve mais 80.000 votos do que na eleição anterior. 

Será que esta diminuição da abstenção é  suficiente para justificar a disparidade entre as sondagens  e os resultados eleitorais?

Mas na minha opinião a resposta é não, as sondagens são um instrumento de medição para aferir a opinião no momento. 


Na mesma linha, nas eleições autárquicas de 2021 em Lisboa,  as sondagens tinham como previsto,  uma vitória do PS com possibilidade de maioria absoluta.

 No entanto, a coligação de direita liderada por Carlos Moedas venceu com 34%, superando as expectativas. Todos devem ter a lembrança  de uma capa de jornal com o título “ Moedas no Bolso'',  e dos debates  na televisão sobre as sondagens eleitorais na cidade de Lisboa. 

Neste ato eleitoral, a Coligação “ Novos Tempos” obteve mais 3000 votos do que nas eleições anteriores e o PS perdeu 25.000 votos. Nestas eleições votaram menos 12 000 eleitores. Será que o aumento da abstenção explica o resultado?


Na minha opinião não, e tenho duas alternativas, ou os cidadãos de Lisboa estavam cansados do projecto do Partido Socialista, ou consideraram que as eleições já estavam ganhas e preferiram não perder dez minutos do seu domingo para ir votar.



Estes exemplos ilustram que, embora as sondagens possam fornecer uma indicação das intenções de voto, fatores como indecisão dos eleitores e mudanças de última hora podem influenciar significativamente os resultados finais.

 Ninguém ganha as eleições antes da votação.

 Nenhuma eleição está decidida antes  dos votos serem contados, por isso no dia 18 de Maio todos deveriam ir votar. 

 E termino, com um ditado popular “ até ao lavar dos cestos é vindima”.



sábado, 26 de abril de 2025

Sobre o 25 de Abril


O 25 de Abril.  é a data mais importante em Lisboa e em todo o país, porque significou o fim de uma guerra. Uma guerra que durou 13 anos. O fim de uma guerra que ninguém queria, a ONU não queria, os Americanos não queriam, os Russos não queriam. Mas o militares portugueses fizeram a revolução em paz. Aliar o 25 de Abril a conceitos ideológicos é não conhecer a história, é não conhecer a sociedade portuguesa e quem teve os seus filhos, pais nos territórios de guerra. O 25 de Abril significou o fim da guerra. A guerra que empurrou milhares de filhos, netos, e pais para além mar e não voltaram. 

Para informação pertinente, entre 1961 e 1974 saíram perto de 1 milhão pessoas de Portugal, não queriam ir para a Guerra nem que os seus filhos fossem para a Guerra. Saíram do interior…..deixaram os pais, ….. as mulheres e as filhas…….

Elisa Manero 

terça-feira, 18 de março de 2025

As burras de carga




Por definição o “burro de carga” é aquele que só serve para trabalhar, e faz o seu trabalho e o trabalho dos outros.


As mulheres em Portugal trabalham as mesmas horas que os homens e obtêm a reforma na mesma idade.


Com a entrada de novas trabalhadoras no mercado de trabalho originárias de outras culturas, temos contacto com outras realidades. 


Em Portugal, as mulheres trabalham 40 horas por semana e têm reformas aos 66 anos e 9 meses. 

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Nos últimos anos  entraram em Portugal, um milhão de trabalhadores originários do Brasil.  No Brasil, as mulheres trabalham em média 36,9 horas por semana. Quanto à idade da aposentação, desde  2019 foi  estabelecido que a idade mínima para aposentação  das mulheres é 62 anos, enquanto para os homens é 65 anos.


Segundo dados da Eurostat, em 2022, o número médio de horas de trabalho semanais reais na EU, incluindo trabalhadores em full-time e part-time, com idade entre 20 e 64 anos, variou entre as 32,4 horas nos Países Baixos e as 39,7 horas na Grécia e na Roménia. Portugal contabilizou uma média de 37,9 horas de trabalho por semana, ficando acima de países como Espanha (36,5), França (36,2) e Itália (36,2).


Após 8 horas de trabalho remunerado, as mulheres têm  mais horas de trabalho não remunerado, o trabalho de casa, de organização das refeições da família, das compras, e zelar pelos filhos. Assim, as mulheres portuguesas são muito resilientes, produtivas e mal pagas para o trabalho que fazem.


Em Portugal existem 1 milhão de mulheres que não recebem uma pensão condigna, porque durante a vida fizeram o trabalho não remunerado de zelar e cuidar dos seus filhos e netos, são as idosas que fizeram este país. Estas mulheres não tinham máquina de lavar a roupa, máquina de lavar a louça, aspirador ou fogão elétrico.  


Na Holanda as mães trabalham 6 horas diárias, uma igualdade de género e discrimação positiva do papel da mulher e mãe. Assim, quanto mais rico é o país, mais salvaguardados são os direitos das mulheres.

 A forma como uma sociedade trata suas mulheres e crianças reflete diretamente os seus valores, a sua ética e seu nível de progresso. Quando essas partes da população são respeitadas, protegidas e têm oportunidades, geralmente é sinal de uma sociedade mais justa e equilibrada.