terça-feira, 1 de julho de 2025

História, Liberdade e um Passaporte Valioso in Observador

 


O que é que Portugal tem, que os outros países não têm? Porque é que Portugal tem sido um país muito cobiçado por milhares de pessoas ? A resposta será dada neste texto.

Os Portugueses de alma inconformada e com curiosidade, sempre foi povo empreendedor, segundo a nossa História. 

Nunca foi um povo com tendência à violência por isso deixou a sua marca em muitos países do mundo, é um país de empreendedores, inventores  e de comerciantes que faziam troca comerciais em todo o mundo, desde pelo menos o século XV. 


Que era dantes o mar? Um quarto escuro

Onde os meninos tinham medo de ir.

Agora o mar é livre e é seguro

E foi um português que o foi abrir.

“ O segredo do Mar” de Afonso Lopes Vieira 


Na minha opinião este poema, é o retrato da alma e génese portuguesa, o inconformismo e a capacidade de fazer e resolver problemas. E também da capacidade de se meter em problemas. 


Os Portugueses têm a fama de capacidade de diálogo, por isso muitos Políticos Portugueses ascendem a cargos internacionais, os Portugueses são um povo considerado em todo o Mundo. 


Essa fama foi confirmada pela Revolução do 25 de Abril em 1974, uma revolução pacífica, sem sangue, sem mortos e sem um rasto de violência. Quem nega a Revolução do 25 de Abril, nega a génese e a alma portuguesa. 


Os Portugueses também foram muito importantes nas descobertas científicas, no âmbito das  invenções e avanços técnicos, a saber: Inventaram a caravela, o astrolábio náutico, o nónio, e foram os primeiros a elaborar os mapas  das novas terras que pisavam.


Assim, mais de 800 anos de história, permitem aos portugueses ter um documento, no qual podem entrar em 191 países. o Passaporte Português. 

Com a moda das viagens, dos nómadas digitais ou pela opção de vida “ cidadãos do mundo”, Portugal passou a ser muito cobiçado, não pela comida, não pelo clima mas por um documento que permite liberdade de viagem.


A 11 de janeiro de 2024, os cidadãos portugueses tinham acesso sem visto ou visto  à chegada a 191 países  e territórios, classificando o passaporte português  em 4º lugar em termos de liberdade de viagem (empatado com os passaportes da Bélgica, Luxemburgo, Noruega e Reino Unido) de acordo com o Henley Passport Index.


Assim, a obtenção da cidadania portuguesa passou a ser muito cobiçada em todo o mundo. 

As recentes alterações de obtenção da cidadania portuguesa, são na minha ótica positivas, porque o nosso país poderá organizar uma sociedade que possa acolher quem pisa em território português, sem prejuízo para quem cá está a residir, trabalhar e estudar. 




sábado, 28 de junho de 2025

Lei da nacionalidade: Passado, Presente e Futuro

 Lei da nacionalidade: Passado, Presente e Futuro 

Em 2017 o Governo do Partido socialista fez aprovar, o Decreto-Lei n.º 71/2017, de 21 de junho.

As principais alterações à Lei da Nacionalidade Portuguesa em 2017 foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 71/2017, de 21 de junho, que regulamentou mudanças aprovadas anteriormente pelas Leis Orgânicas n.º 8/2015 e n.º 9/2015. Aqui estão os pontos mais relevantes:

1. Facilitação da nacionalidade para netos de portugueses

A nacionalidade portuguesa passou a ser atribuída originariamente (ou seja, como se fosse de nascimento) a netos de portugueses nascidos no estrangeiro, desde que: Declarem que querem ser portugueses; Tenham laços de efetiva ligação à comunidade nacional (como residência em Portugal, domínio da língua portuguesa, entre outros critérios).

2. Laços de ligação à comunidade nacional

O decreto-lei definiu com mais clareza o que constitui “laços de efetiva ligação à comunidade nacional”, tornando o processo mais previsível e transparente para os requerentes. Por exemplo: Residência legal em Portugal; Escolaridade em Portugal; Participação em atividades culturais ou sociais no país.

3. Segurança nacional

Foi introduzida a possibilidade de recusar a nacionalidade a pessoas que representem uma ameaça à segurança ou defesa nacional, ou que estejam envolvidas em atividades terroristas.

4. Simplificação de procedimentos

A Conservatória dos Registos Centrais passou a ter mais autonomia para decidir sobre os pedidos, sem necessidade de remeter todos os casos ao Ministério da Justiça, o que visava acelerar os processos.

Se por um lado estas alterações refletem uma tentativa de equilibrar a abertura da nacionalidade portuguesa com critérios de integração e segurança, por outro o Governo do Partido Socialista não pensou, não soube resolver o problemas de integração dos que cá estavam a residir estudar ou trabalhar com a combinação da avalanche de pedidos de residência que entraram entre 2017 e 2025. 


Um Governo cheio de pessoas de alto gabarito, com doutoramentos, todos vindos da academia, mas não souberam prever o caos que aí vinha a saber:


  • Aumento exponencial de pedidos de residência;

  • Aumento na procura de serviços de educação e de saúde;

  • Não promoveu políticas propícias para o aumento do número de habitações.

  • Aumento exponencial do trânsito nas maiores cidades. 


Esta inoperância, foi uma oportunidade para alguns partidos se implantarem na Sociedade Portuguesa.


Agora o Partido Chega, diz:

  •  “ Fomos os primeiros a falar do assunto”.


Não, não foram.


Em 2019, o partido Chega não apresentou propostas específicas e detalhadas sobre habitação no seu programa eleitoral. O foco do partido estava mais centrado em temas como: Identidade nacional e imigração; Segurança e justiça; Redução do papel do Estado em áreas como saúde e educação; Apoio à natalidade e à família tradicional.

A nova lei da nacionalidade aparece como uma medida de remediação de um problema, a falta de habitação digna. 

Este Governo terá que priorizar o problema da habitação: 

Existem muitas casas fechadas por problemas na divisão de heranças, a justiça não responde de forma célere aos problemas dos cidadãos.

Existem milhares de casas em ruínas e os municípios não têm políticas de reversão desta questão.

Nas grandes cidades alguns municípios permitiram a conversão da habitação em Hotéis, sem aumentar o número de casas em projeto.

O excesso de burocracia, e de leis contraditórias para a construção de novas habitações. 

E por fim, os milhares de imóveis do estado abandonados que poderiam ser convertidos em habitação pública. 

Em conclusão : daqui a 10 anos, estaremos  a rever novamente a lei da nacionalidade. 

domingo, 25 de maio de 2025

A quem interessa a greve às Provas Moda?


Estão a decorrer as Provas Moda. 

Uma Prova é uma forma de medir, na minha ótica vai medir uma década de facilitismo na Escola, esta Prova apesar dos defeitos todos, esta a medir uma década de maus hábitos.

A quem  interessa uma greve:

1) Aos Encarregados de Educação, porque não se vão confrontar com a situação real das aprendizagem dos seus educandos, está tudo bem. 

2) Aos Diretores, está tudo bem, a indisciplina não afeta os conhecimentos, continua tudo bem. E não tem dados para comunicar ao Ministério da Educação. 

3) E no fim ao Ministério, se não se aplicar as Provas a Culpa é dos Professores não é da Internet, não é das condições. pode informar, porque não tem dados que conveniente……..

4) Aos Sindicatos, estão a justificar a sua existência, mas ainda existem escolas que não trataram do recuperação do tempo de serviço. 

Elisa Manero 

terça-feira, 20 de maio de 2025

Noticia fora do Contexto: "O número de trabalhadores aumentou 1,3% no primeiro trimestre face ao período homólogo do ano passado sobretudo à boleia do aumento das contratações nas autarquias, de professores e enfermeiros."

 https://eco.sapo.pt/2025/05/16/estado-emprega-760-mil-funcionarios-publicos-um-novo-maximo-historico/


O número de trabalhadores aumentou 1,3% no primeiro trimestre face ao período homólogo do ano passado sobretudo à boleia do aumento das contratações nas autarquias, de professores e enfermeiros.


O meu comentário com dados:

No ano letivo 2021/2022 existiam no ensino público 1249926 alunos.
No ano letivo 2022/2023 existiam no ensino público 1264216 alunos
No ano letivo 2023/2024 existiam no ensino público 1269670 alunos 

Assim, em dois anos letivos mais 20 000 alunos entraram para  a Escola sendo necessário contratar mais de 800 novos professores.

A ironia: Os jornalistas poderiam estar mais informados para escreverem  noticias contextualizadas.

Elisa Manero 





segunda-feira, 19 de maio de 2025

As eleições: Os moderados, os radicais e os outros



Esta campanha foi marcada por vários acontecimentos, que têm consequências eleitorais a saber:


  • Em 50 anos, o estado social melhorou muito, a saber, educação até ao 12º ano para todos.

  • Se os jovens têm direito a manuais , a computadores, a alimentação e abono de família para os agregados mais desfavorecidos, os cidadãos também podem exigir que os jovens estudem, o retorno e a solidariedade, um conceito de justiça social. Acrescento que em  minha casa os jovens estudam, se não obtiverem resultados vão trabalhar aos 18 anos.

  • Existem em Portugal 52 000 ciganos, segundo o Conselho da Europa, mas existem 178 000 cidadãos que têm o rendimento social de inserção, por isso todos devem trabalhar.

  • Existem milhares de cidadãos na economia paralela, porque existe uma incoerência entre o seu modo de vida e os seus rendimentos oficiais.

  • Um político por motivos de saúde recorreu ao SNS, a  vários serviços de saúde, ficamos a saber que afinal a saúde não está tão mal como dizem;

  • Entraram nos últimos anos mais de 2 milhões de pessoas em Portugal, mesmo assim na sua maioria tem acesso a serviços de saúde, mas na comunicação social só se diz que nem todos têm médico,  claro esquecem o pormenor da duplicação do número de imigrantes em 6 anos.

  • A Imigração foi um tema discutido, precisamos dos imigrantes legalizados, por isso nem o Chega nem o Partido Socialista têm razão, será que os jovens portugueses querem ir trabalhar para a agricultura para as obras ou hotelaria?

  • Se as greves podem colidir com os direitos dos clientes que usufruem dois serviços, também podem ter efeito transformador benéfico para todos os trabalhares, mais tarde.


Em conclusão, temos direitos e deveres na sociedade. Aparentemente estamos preocupados com os direitos, os deveres …..isso fica para depois. 


Elisa Manero 



terça-feira, 13 de maio de 2025

A reviravolta eleitoral



Todos os dias assistimos a sondagens, abrem telejornais, são capas de revista e jornais e ocupam horas de debate e discussão no horário nobre da televisão.  Cada décima conta, mas basta um acontecimento para se alterar um  panorama que parecia certo.


Será que as sondagens são fiáveis?


Existem eleições em que os resultados foram inesperados.


Nas eleições legislativas de 2022, algumas sondagens indicavam um empate técnico entre o PS e o PSD, mas o PS obteve uma vantagem de 13,7 pontos percentuais sobre o PSD, surpreendendo as previsões, neste ato eleitoral votaram mais 250 mil eleitores do que na eleição anterior. 


Em 2022, o PS subiu de 1.908.036  para 2.301.887 votos, obteve mais 400 mil votos  do que na eleição anterior.  O PSD obteve mais 80.000 votos do que na eleição anterior. 

Será que esta diminuição da abstenção é  suficiente para justificar a disparidade entre as sondagens  e os resultados eleitorais?

Mas na minha opinião a resposta é não, as sondagens são um instrumento de medição para aferir a opinião no momento. 


Na mesma linha, nas eleições autárquicas de 2021 em Lisboa,  as sondagens tinham como previsto,  uma vitória do PS com possibilidade de maioria absoluta.

 No entanto, a coligação de direita liderada por Carlos Moedas venceu com 34%, superando as expectativas. Todos devem ter a lembrança  de uma capa de jornal com o título “ Moedas no Bolso'',  e dos debates  na televisão sobre as sondagens eleitorais na cidade de Lisboa. 

Neste ato eleitoral, a Coligação “ Novos Tempos” obteve mais 3000 votos do que nas eleições anteriores e o PS perdeu 25.000 votos. Nestas eleições votaram menos 12 000 eleitores. Será que o aumento da abstenção explica o resultado?


Na minha opinião não, e tenho duas alternativas, ou os cidadãos de Lisboa estavam cansados do projecto do Partido Socialista, ou consideraram que as eleições já estavam ganhas e preferiram não perder dez minutos do seu domingo para ir votar.



Estes exemplos ilustram que, embora as sondagens possam fornecer uma indicação das intenções de voto, fatores como indecisão dos eleitores e mudanças de última hora podem influenciar significativamente os resultados finais.

 Ninguém ganha as eleições antes da votação.

 Nenhuma eleição está decidida antes  dos votos serem contados, por isso no dia 18 de Maio todos deveriam ir votar. 

 E termino, com um ditado popular “ até ao lavar dos cestos é vindima”.



sábado, 26 de abril de 2025

Sobre o 25 de Abril


O 25 de Abril.  é a data mais importante em Lisboa e em todo o país, porque significou o fim de uma guerra. Uma guerra que durou 13 anos. O fim de uma guerra que ninguém queria, a ONU não queria, os Americanos não queriam, os Russos não queriam. Mas o militares portugueses fizeram a revolução em paz. Aliar o 25 de Abril a conceitos ideológicos é não conhecer a história, é não conhecer a sociedade portuguesa e quem teve os seus filhos, pais nos territórios de guerra. O 25 de Abril significou o fim da guerra. A guerra que empurrou milhares de filhos, netos, e pais para além mar e não voltaram. 

Para informação pertinente, entre 1961 e 1974 saíram perto de 1 milhão pessoas de Portugal, não queriam ir para a Guerra nem que os seus filhos fossem para a Guerra. Saíram do interior…..deixaram os pais, ….. as mulheres e as filhas…….

Elisa Manero 

terça-feira, 18 de março de 2025

As burras de carga




Por definição o “burro de carga” é aquele que só serve para trabalhar, e faz o seu trabalho e o trabalho dos outros.


As mulheres em Portugal trabalham as mesmas horas que os homens e obtêm a reforma na mesma idade.


Com a entrada de novas trabalhadoras no mercado de trabalho originárias de outras culturas, temos contacto com outras realidades. 


Em Portugal, as mulheres trabalham 40 horas por semana e têm reformas aos 66 anos e 9 meses. 

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Nos últimos anos  entraram em Portugal, um milhão de trabalhadores originários do Brasil.  No Brasil, as mulheres trabalham em média 36,9 horas por semana. Quanto à idade da aposentação, desde  2019 foi  estabelecido que a idade mínima para aposentação  das mulheres é 62 anos, enquanto para os homens é 65 anos.


Segundo dados da Eurostat, em 2022, o número médio de horas de trabalho semanais reais na EU, incluindo trabalhadores em full-time e part-time, com idade entre 20 e 64 anos, variou entre as 32,4 horas nos Países Baixos e as 39,7 horas na Grécia e na Roménia. Portugal contabilizou uma média de 37,9 horas de trabalho por semana, ficando acima de países como Espanha (36,5), França (36,2) e Itália (36,2).


Após 8 horas de trabalho remunerado, as mulheres têm  mais horas de trabalho não remunerado, o trabalho de casa, de organização das refeições da família, das compras, e zelar pelos filhos. Assim, as mulheres portuguesas são muito resilientes, produtivas e mal pagas para o trabalho que fazem.


Em Portugal existem 1 milhão de mulheres que não recebem uma pensão condigna, porque durante a vida fizeram o trabalho não remunerado de zelar e cuidar dos seus filhos e netos, são as idosas que fizeram este país. Estas mulheres não tinham máquina de lavar a roupa, máquina de lavar a louça, aspirador ou fogão elétrico.  


Na Holanda as mães trabalham 6 horas diárias, uma igualdade de género e discrimação positiva do papel da mulher e mãe. Assim, quanto mais rico é o país, mais salvaguardados são os direitos das mulheres.

 A forma como uma sociedade trata suas mulheres e crianças reflete diretamente os seus valores, a sua ética e seu nível de progresso. Quando essas partes da população são respeitadas, protegidas e têm oportunidades, geralmente é sinal de uma sociedade mais justa e equilibrada. 




sábado, 8 de março de 2025

Carta para as minhas alunas,

Como Professora desde,  1995, já passaram algumas gerações pela minha sala de aula, assim no dia da mulher, tenho alguns conselhos para te dar:


Até aos 18 anos, saberás o que é a igualdade de género, na escola és tratada por igual, foi uma conquista do século XX  e do 25 de Abril,  em Portugal.


A mulher, no século XX teve acesso ao voto,  a decidir o seu destino, e fazer as suas  escolhas.


Durante a tua vida, terás  de trabalhar três vezes mais para seres valorizada no teu trabalho e mesmo na tua carreira de estudante universitária. 


Quando fizeres uma entrevista de emprego, podem perguntar se tens disponibilidade para trabalhar mais horas, sem remuneração.


Quando fores contratada, podem questionar se pretendes ter filhos num futuro próximo, nessa altura saberás,  que pode estar em causa o teu trabalho e fonte de sustento. 


Quando te casares ou te juntares, a tua sogra vai dizer que tens de passar as camisas do teu marido.


Quando te casares, a tua mãe  vai dizer que não podes sair sem o teu marido. 


Quando estiveres  grávida, vais ouvir afirmações como se existisse  a geração espontânea.


Quando estiveres de licença de maternidade, vão dizer que estás em casa e não fazes nada, como se tratar de um recém nascido fosse fácil.


Quando os teus filhos estiverem doentes, terás de faltar ao trabalho e ficar sem a tua remuneração.


Em conclusão, cara aluna, estuda porque o conhecimento liberta a mente e proporciona independência financeira mais tarde.  


Elisa Manero


sexta-feira, 7 de março de 2025

Jogo “ A minha Moção de Censura é melhor que a tua.”

 


Jogo “ A minha Moção de Censura é melhor que a tua.”



O Partido Chega propõe uma moção de censura em Fevereiro, após muita discussão Moção de Censura chumbada


Passaram 15 dias foi a vez do Partido Comunista Português, submeter a sua moção de censura.


Se é para jogar o jogo da melhor Moção de Censura, digam já.


Esperavam que o Governo fosse debater mais uma Moção de Censura?


Se calhar achavam que o Governo ia esperar que todos fizessem a sua Moção de Censura para jogar o Jogo “ A minha Moção de Censura é melhor que a tua.”


Depois vinha a Moção de Censura do Livre.

Depois vinha a Moção de censura do Bloco de Esquerda.

Depois vinha a Moção de Censura da Iniciativa Liberal.

Depois vinha a Moção de Censura do PAN.

Depois vinha a Moção do Partido Socialista.


A população assiste atónita a estas movimentações, todos a quererem desfilar, as brilhantes atuações no hemiciclo e os lambe botas a dizerem:


  • Muito bem.


E a população atónita assiste a isto.


Ao jogo “ A minha Moção de Censura é melhor que a tua.


Valha Me Deus.


 Elisa Manero 





segunda-feira, 3 de março de 2025

O Montenegro fez mal

 O Montenegro fez mal em deixar a empresa ter lucro, devia ter tido prejuízo e roubado o estado

O Montenegro fez mal em trabalhar, devia ter tido a mão estendida como alguns empresário com milhares em dívida 

O Montenegro fez mal em comprar casa de 400 000 devia ter comprado em chelas por 250 000,sim as casa dos bairros sociais custam 250 000. 

O Montenegro fez mal em ser como o comum dos cidadãos que trabalha, e poupa, isso é mau, não faz parte da burguesia arruinada e endividada. 

O Montenegro fez mal, em não ser como os políticos espertos e fazer operações ilícitas



Um bom Carnaval e vou continuar a ver as máscaras de virgem ofendidas em todas as televisões. 

Elisa Manero 


Es

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

A duplicidade do estudo EDULOG



Sobre o Estudo “Necessidades de Professores: deficit ou ineficiência na gestão da oferta de ensino?“  .

Começo por transcrever um parágrafo do estudo :  “ Tradicionalmente a duração de uma aula era de 50 minutos. Só com as reformas de 2001 (ensino básico) e 2004 (ensino secundário) se introduziram as aulas de 90 minutos, que serviram de base à elaboração das matrizes curriculares. Há que reconhecer que esta pequena mudança nunca chegou a ser avaliada de forma rigorosa e detalhada, especialmente nos efeitos sobre a qualidade das aprendizagens. Mais recentemente, conferiu-se às escolas a opção entre aulas de 45, 50 ou 90 minutos,  não lhes fornecendo a evidência científica necessária a uma opção fundamentada. “

Em Janeiro de 2001, foi publicado  Decreto-lei 6/2001, de 18 de Janeiro, sobre a Organização e gestão do currículo nacional, a introdução das línguas estrangeiras no 1º ciclo, a organização de um departamento de educação especial, atividades de enriquecimento curricular no 1º ciclo, e a organização  das aulas em 90 minutos. Em 2012, o Decreto-Lei nº 139/2012, publicado em julho, permitiu a flexibilidade na organização dos tempos letivos, mantendo as aulas de 90 minutos, mas sem fundamentação científica suficiente.



Em ambos os casos, existiu uma fixação dos políticos em fazer a alteração da durabilidade das aulas, com a discordância dos agentes do terreno, nomeadamente dos Professores.

Após esta alteração, os casos de indisciplina aumentaram exponencialmente.  Nas escolas que têm na sua matriz aulas de 90 minutos,  existem níveis altíssimos de indisciplina e de insucesso. 


Já passaram muitos Ministros da Educação e sucessivos governos desde esta alteração e só agora os Políticos, fizeram os cálculos, e chegaram  à conclusão:  a matriz das aulas de 90 minutos, fica mais caro,  absorve mais recursos humanos, e não existem provas da melhoria das aprendizagens dos alunos. No entanto, a eficiência na utilização dos recursos humanos depende muito da implementação e da adaptação das escolas e dos professores às novas dinâmicas.  


No mesmo estudo é abordada a questão: 

  

Há escolas com menos de 15 alunos? 


A minha resposta

Sim, no interior.  


Se por hipótese eu viver em Marvão, onde não existe Ensino Secundário, os jovens têm de ir estudar para Portalegre  que fica a 53 km. Imagine que o seu filho entra às 9 horas da manhã e sai às 16 horas da Escola.


O jovem tem de sair de casa às 7 horas, porque o autocarro vai a todas as aldeias, e chega às 18 horas a casa, está fora de casa  11 horas. O jovem percorre 100 km por dia para estudar. 

Se eu viver mais a Sul, no Algarve, nomeadamente na Serra Algarvia, se  o jovem viver em Alcoutim, onde não existe Ensino Secundário, o jovem pode ir estudar para Mértola ou  Vila Real de Santo António. O jovem percorre 100 km por dia para estudar. 

Mas se o jovem quiser frequentar o Ensino Secundário de Artes, tem de ir para Beja estudar, a 100 km de distância, percorre 200 km por dia, três horas na estrada, no autocarro.


Fica muito caro ter turmas de 15 alunos. Então vamos esvaziar o interior?


Os jovens do interior não têm o mesmo direito a ter uma educação de qualidade?


Em conclusão: Este estudo é pertinente, mas não posso deixar de referir que o autor foi Ministro da Educação, e na altura, aparentemente não  se debruçou sobre estas questões, mas ainda bem que agora é promotor de uma grande reflexão sobre a Educação que devemos proporcionar aos alunos em Portugal. 


Elisa Manero






terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Há escolas com menos de 15 alunos? Sim, no interior.



Hoje li um artigo com o titulo: Faltam mesmo professores? Há escolas com menos de 15 alunos



Vamos fazer um exercício: 


Se eu viver em Marvão, não existe Ensino Secundário em Marvão, os jovens têm de ir para Portalegre  que fica a 53 km. Imagine que o seu filho entra às 9 horas da manhã e sai às 16 h da Escola.


O jovem tem de sair de casa às 7 horas, porque o autocarro vai a todas as aldeias, e chega às 18 horas a casa, está fora de casa 11 horas. O jovem percorre 100 km por dia para estudar. 


Se o jovem viver em Alcoutim, não existe Ensino Secundário, o jovem pode ir estudar para Mértola ou Vila Real de Santo Antônio. O jovem percorre 100 km por dia para estudar. 


Mas se quiser seguir frequentar o Ensino Secundário de Artes, tem de ir para Beja estudar, a 100 km de distância, percorre 200 km por dia, três horas na estrada, no autocarro.


Só quem não conhece o território português,  é que fala ou escreve sobre o assunto.


Fica muito caro ter turmas de 15 alunos.


Então vamos esvaziar o interior?


Os jovens do interior não têm o mesmo direito a ter uma educação de qualidade?


Os Políticos e Comentadores rasgam as vestes, mas não têm conhecimento da real situação do País? 


Peço responsabilidade e fiabilidade na pesquisa de informação.


Os jovens do interior não têm direito a uma educação de qualidade?


Elisa Manero